Lembro-me de visitar o Teatro Angrense com os meus pais desde muito cedo e, por causa das atuações do meu pai e alguns membros da família, podia ir ao palco antes e depois dos espetáculos. Ficava contente por ver o outro lado da cortina e, naquela altura, o espaço parecia gigante!
Neste dia e muitos anos mais tarde, voltei a entrar no teatro, mas desta vez com responsabilidades na parte técnica. Depois de tudo montado, testado e pronto a arrancar, aproveitei uma pequena folga para subir ao último andar e espreitar lá de cima. Foi como que um momento “full circle” em relação ao Teatro Angrense, a mesma sala, mas agora com um novo olhar.
O trabalho, por sua vez, teve os seus próprios desafios. Foi preciso dividir e esticar as equipas para cobrir dois eventos em simultâneo, o que limitou o material disponível. Ainda assim, tudo correu bem! Fiquei responsável pela realização, mistura, transmissão e controlo das grelhas no canal, e é sempre gratificante ver tudo a funcionar, mesmo em cenários mais exigentes.